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BELO JARDIM, NE/Pernambuco, Brazil
"... O sonho pelo qual brigo, exige que eu invente em mim a coragem de lutar ao lado da coragem de amar..." Paulo Freire Educador pernambucano

quarta-feira, 17 de março de 2010

Retificando!









Na nossa coluna de domingo 07/03: Belo Jardim e o Dia Internacional da Mulher! Fizemos alusão a D. Maria Rita como a primeira controlista/programadora do Rádio Bitury. Erramos na informação, o que não tira o mérito da homenagem tendo em vista essa grande mulher ter feito este trabalho por mais de 30 anos consecutivos.

No entanto, duas outras grandes mulheres belojardinenses assumiram esse trabalho na época: D. Bernadete Falcão como programadora e Maria Dos Anjos como discotecária. Pouco tempo depois esta última assume de fato as duas funções!




OBS: Estamos desenvolvendo um projeto didático junto ao Projovem Urbano, justamente para fazer um registro da história dessas grandes mulheres e as suas contribuiçõs para o fortalecimento da nossa cidade.


Qualquer informação: enviar para o e-mail: accgclio@gmail.com ou cristinaclio@hotmail.com.

Antecipamos já, os nossos agradecimentos!



segunda-feira, 15 de março de 2010

Jornalista denuncia plano midiático contra Lula, Dilma e o PT

Em texto reproduzido no blog Escrivinhador, o jornalista Mauro Carrara denuncia um suposto plano midiático intitulado "Tempestade no Cerrado" que, segundo ele, está sendo implementado pelos principais meios de comunicação do país contra o governo Lula, a pré-candidata Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. Ao final do texto ele sugere "cinco tarefas" aos internautas para responder aos ataques da direita. Veja abaixo a íntegra do texto:


Operação “Tempestade no Cerrado”: o que fazer?
por Mauro Carrara

(O PT é um partido sem mídia...
O PSDB é uma mídia com partido).


“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.


Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.


A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.


A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.


As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.


1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.


2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.


3) Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.


4) Elevar o tom de voz nos editoriais.


5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”.


6) Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.


7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.


8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.


Quem está por trás

Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral.


É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.


A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.


Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O conteúdo

As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.

Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU.

Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.

Criam deturpações numéricas.

A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso.

Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas.

O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.

Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.

A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses.

A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.

Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena.

É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.


Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.


É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.


Crimes anônimos na Internet

Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.

Merecem destaque...

1) O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.


2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.




O que fazer

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.

Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.

Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.

São cinco as tarefas imediatas...

1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.


3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor.

domingo, 14 de março de 2010

O peso da Câmara Alta

No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
A questão do Senado

Nas eleições de outubro próximo creio que quase ninguém tem mais dúvidas sobre a intenção do voto popular que será sufragado nas urnas, carregado de um nítido caráter plebiscitário.

No entanto, o que parece óbvio para a população em geral torna-se complicado às forças políticas e coalizões que se defrontarão nesse pleito que se revestirá como um embate de proporções históricas.

Porque às oposições não interessa essa dimensão sobre o julgamento da sociedade acerca de qual projeto deverá optar em 3 de outubro. Porque elas levam uma nítida desvantagem nesse quesito fundamental.

Em primeiro lugar a era neoliberal no Brasil encarnada pelos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso ficou conhecida como desconstrutora das empresas estratégicas do Estado nacional através de privatizações maciças e de redução das conquistas sociais promulgadas na constituição de 1988, logo após a extinção da ditadura.

Nesse mesmo período de exaltação do Estado mínimo e endeusamento das virtudes do mercado como solução aos graves problemas da sociedade brasileira, as políticas públicas implementadas pelos governos FHC não só foram desastrosas como conduziram a economia nacional à estagnação geral.

Levando em consequência ao desemprego generalizado, à paralisia do crescimento da riqueza do País, ao endividamento externo, ao sucateamento do parque industrial nacional, à inanição do comércio e à crise da agricultura brasileira além da total ausência de obras fundamentais em infra-estrutura, básicas ao Brasil.

Esse é em resumo o legado dos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi na verdade um período de ascensão de uma elite política, consagrada pela mídia como a era dos tucanos, e a fina flor dos financistas, em especial aquela aquartelada nos quarteirões da majestosa Avenida Paulista.

O Brasil mudou substancialmente em relação ao desenvolvimento, mas persistem algumas heranças de um Estado anêmico e impotente, resultante das orientações neoliberais. E é no Senado da República onde estão entrincheirados os quadros mais destacados das políticas minimalistas do Estado.

Por isso é onde haverá uma das lutas mais renhidas nas próximas eleições. Não é por acaso que a atual eleição ao Senado tem assumido na mídia uma magnitude só inferior à da campanha à presidência da República.


Retirado do Blog de Luciano Siqueira
http://lucianosiqueira.blogspot.com/