Desde o dia 20 de março, o município de Belo Jardim, conta com mais um morador. A "Residência ‘Belojardim" está sendo ocupada pelo artista Marcelo Silveira, que transformou a antiga Fábrica de Doces Mariola em seu ateliê até o dia 19/05/2017.
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Intervenção artística
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Residência Belojardim
20 de março a 19 de maio de 2017
A Residência Belojardim é um programa de longo prazo que busca incentivar discussões em torno do significado sócio-cultural do termo Nordeste e do legado da arte popular da região nos dias de hoje a partir da experiência in loco no município de Belo Jardim. A cada ano, um(a) artista será convidado pelas curadoras Cristiana Tejo e Kiki Mazzucchelli a residir na cidade por um período de dois meses, desenvolvendo projetos especialmente comissionados para o contexto local.
Marcelo Silveira é o primeiro artista convidado a participar da Residência Belojardim. Entre 20 de março e 19 de maio, o artista apresentará oito obras, sendo que cada uma delas será destaque em uma das semanas da residência. O artista vai transformar a antiga fábrica de doces Mariola em seu ateliê.
Fábrica Mariola
Praça Jorge Aleixo, s/n Centro – Belo Jardim
Ateliê aberto
Horário de visitação
Segunda a sexta, das 14h às 18h
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Visita do Diretor Claudio Assis, que apresentará nesse período o documentário "Se cria assim" O filme mostrará o processo de trabalho de Marcelo Silveira e outros artistas pernambucanos. |
Durante sua temporada na cidade, Marcelo Silveira apresentará oito obras e, a cada semana, uma delas entrará em destaque. O artista vai transformar a antiga fábrica de doces Mariola em seu ateliê. É lá que, semanalmente, ele promoverá encontros com grupos diversos da cidade para um almoço. A ideia é que a obra da semana, sua poética, suas reflexões possam pautar as conversas. “É na mesa que surgem as melhores conversas, por isso nossa proposta de reunir as pessoas em torno dela. O foco não é a comida, ela é um acessório dentro do processo”, explica.
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Biblioteca de Arte, disponível ao público. |
Segundo ele, o ateliê belo-jardinense estará aberto para receber os interessados em estabelecer diálogos. Silveira cultiva uma especial preocupação com a necessidade de fomentar pactos, trocas, conversas. “Para mim, a obra de arte só está completa quando entra em contato com o público. Temos que falar para além dos nossos pares, por isso imaginamos esse formato para a residência”, pontua.
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Conversa do produtor e assistente de curadoria (André Vieira) com a equipe de trabalho das ações educativas. |
O artista pretende lançar um olhar sensível sobra a cidade, encontrando beleza e estética em locais e práticas que talvez passem desapercebidos no dia a dia. Ele lembra que a própria paisagem do semiárido não é vista com frequência como algo bonito e rico. “Acho que valorizar esses elementos estéticos que estão no município ajudará a integrar a população ao projeto, envolvendo a cidade”, afirma o artista.
A passagem das obras pela cidade e parte das conversas à mesa serão registradas em vídeo e também vão gerar textos que serão disponibilizados num blog criado especialmente para a residência. Além disso, ao final, as curadoras irão organizar uma publicação impressa que vai se desenhar ao longo das próximas semanas.
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Intervenção artística |
O Artista
"Marcelo Silveira produz trabalhos tanto no campo da escultura quanto dos objetos apropriados. Com sua hibridez local, o trabalho do artista ocupa um espaço entre: metade dentro e metade fora do museu. A acumulação é uma das suas estratégias favoritas: objetos reminiscentes de aparelhos domésticos descaradamente esvaziados de qualquer uso funcional, mas que parecem carregar significados; esferas feitas de vários materiais e tamanhos diversos, imóveis, como se esperassem algum evento anunciado; centenas de objetos de vidro (copos, garrafas ou meros cacos)… Esses objetos convergem nas grandes coleções e livros de artista de Marcelo Silveira. De fato, a idiossincrática organização do artista é fundamental para sua produção, permitindo, por meio de uma certa ordem, que o outro entre no seu trabalho. Marcelo Silveira nasceu em 1962, em Gravatá, Pernambuco. Vive e trabalha em Recife. E já participou de Bienais em nível nacional e internacional. "