Muitas vitórias foram alcançadas ao longo dessa caminhada, as trilhas da história foram marcadas com muito batom! Uma das maiores foi a conquista pelo direito de votar, uma luta travada por quase um século. Com vitórias lentas, mas conclusivas, O Movimento Feminista Sufragista, foi aos poucos conquistando esse direito em todos os recantos do planeta.
O 1º País a reconhecer esse direito foi a Nova Zelândia já em 1893. Desde então, mulheres do mundo ocuparam ruas e praças exigindo a participação feminina nas decisões política de seus países.
Hoje, 24 de fevereiro, faz 80 anos que as mulheres brasileiras conquistaram esse direito. Conquista essa, fruto de uma luta iniciada antes mesmo da Proclamação da República, e que foi sendo conquistada aos poucos. Primeiramente, o Código Eleitoral permitiu esse direito apenas para as mulheres casadas, as viúvas e as solteiras que tivessem renda própria ( num país que o trabalho feminino era um tabu). A pressão feminista continuou e em 1934 as restrições do voto feminino foram eliminadas, embora, a obrigatoriedade dele fosse apenas um dever dos homens. Só em 1946, a obrigatoriedade do voto foi estendida às mulheres.
No Brasil, foram muitas as mulheres que abraçaram a causa pela conquista do direito ao voto: Júlia Barbosa, Leolinda Daltro, Celina Vianna... mas, a líder feminista política BERTHA Maria Júlia LUTZ, foi quem representou a luta em prol do voto feminino e igualdade de direitos entre homens e mulheres neste país.
Em 1922 Bertha Lutz representou as brasileira na Assembléia Geral da Liga das Mulheres Eleitoras nos Estados Unidos, lá, foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Ao voltar, criou a Federação Brasileira para o Progresso Feminino afim de continuar a luta pela extensão de direito de voto às mulheres, até o Decreto ser assinado por Getúlio Vargas.
O direito de votar, pelas brasileiras, foi adquirido num regime de Ditadura ferrenha, pra se ter uma idéia, Getúlio Vargas que foi derrotado nas eleições de 1930, inconformado, tomou o poder pela força das armas, ficando nele até 1945. E se, dentro desse cenário, as mulheres brasileira conseguem uma vitória de tal dimensão, isso demonstra o poder de organização feminina.
De lá pra cá, estamos sempre alcançando outras vitórias. Em 1996, o Congresso Nacional instituiu o Sistema de Cotas na Legislação Eleitoral, que obrigava os partidos a inscreverem, no mínimo 20% de mulheres nas chapas proporcionais.
Muito além dessa posição, as Mulheres Petistas conseguiram aprovar em seu Regimento Interno a cota de 30%, exemplo que foi seguido pela Legislação Eleitoral já em 1997.
Em 2011, finalmente, no IV Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, nós mulheres, conseguimos aprovar por unanimidade, o aumento da cota de mulheres nas chapas proporcionais, que passou a ser, a partir daquele encontro,de 50%, numa demonstração de respeito à todas as mulheres que lutaram pela garantia desse nosso direito, pois somos hoje, todas responsáveis pela preservação/ampliação deles. Pois a nossa esperança é a de que, de etapa em etapa, cheguemos a uma sociedade justa e igualitária.
E, pra terminar, um pouco de poesia, retirado do blog: http://matizesfeministas.blogspot.com da querida Suely Oliveira.
Esperança
(Mário Quintana)
Lá bem no alto do décimo segundo andar do ano
Vive uma louca chamada esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
__ Ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
__ Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam
__ O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA.
Fontes: http://virtualiaomanifesto.blogspot.com
Sec. de Política para mulheres.
http://deolhonapoliticabj.blogspot.com
http://ilhadalindalva.blogspot.com