Proibido cantar!
Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, um aviso informa:
É proibido brincar com os carinhos porta-bagagem.
Ou seja:
Ainda existe gente que canta!
Ainda existe gente que brinca! "
Evidentemente, nem tudo são flores neste percurso. O PT cometeu erros graves, que estiveram no noticiário nos últimos anos, os quais não podem ser ignorados nem deixar de ser debatidos e corrigidos. Entendo que o PT não é uma ilha. O partido está inserido na sociedade, mantém relações com os diversos atores sociais e carrega inevitavelmente, dentro de si, os vícios dos quais esta sociedade ainda não se viu livre.
Cabe ao PT e às suas instâncias adotar as providências necessárias para evitar que esses vícios proliferem no interior do partido, da mesma forma que os combatemos no conjunto da sociedade. O PT não poderia ter a arrogância de se imaginar puro e a salvo das contradições sociais, arrogância pela qual fomos criticados por nossos adversários, muitas vezes justamente.
Mesmo com todos os percalços enfrentados, o PT continua sendo uma referência para a população brasileira e o partido de maior apoio popular.
Acredito que o caminho está em nossa própria história: ampliar a democracia interna, repactuar as relações internas, reforçar o entendimento de que os mandatos são coletivos, valorizar o debate, particularmente sobre as crises deflagradas nos últimos anos, e elaborar e propor soluções. Não podemos esquecer que não somos uma ilha, mas também não podemos utilizar isso como desculpa para os nossos erros.
Porém, o PT já mostrou ao longo de sua trajetória que tem vitalidade e pode perfeitamente vencer esse enorme desafio".
Péricles de Holleben Mello é deputado estadual, líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa do Paraná
O suplente de vereador Aroldo de Azeredo (PSB), do município de Itiúba (BA), deu início a uma greve de fome nas dependências do Congresso Nacional para defender a votação da chamada PEC (proposta de emenda constitucional) dos vereadores. O suplente entrou em greve nesta terça-feira e promete encerrar o protesto somente depois que o Senado fechar um acordo para colocar a PEC em votação.
Os suplentes defendem a aprovação da matéria na expectativa de assumir cadeiras nas Câmaras de Vereadores de diversos municípios. A Câmara se comprometeu em pedir a promulgação de outra proposta --que aumenta o número de vereadores no país-- caso a PEC seja votada pelo Senado. Se a matéria for aprovada, Azeredo espera assumir o mandato.
"É tamanha a insensibilidade que a gente tem que chamar a atenção das pessoas que estão no poder. Infelizmente, tem malucos idealistas que têm que lutar para que as coisas aconteçam", afirmou.
O suplente de vereador argumenta que investiu recursos pessoais para viajar a Brasília com o objetivo de defender a aprovação da PEC. "Eu já vim dez vezes a Brasília sem um mínimo recurso financeiro. Nós estamos nos dirigindo de nossas longínquas localidades para estar em Brasília chamando os senadores para que resolvam logo essa situação", disse Azeredo.
Votação
A proposta reduz o limite de gastos das Câmaras de Vereadores de todo o país. Os senadores diminuíram os gastos de acordo com os tamanhos de cada município, fixando percentuais de gastos para os municípios que têm entre 100 mil habitantes e 8 milhões de pessoas. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou voto em separado do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) que mantém como parâmetro para os gastos das câmaras municipais o número de habitantes da cidade.
GABRIELA GUERREIRO
Folha Online, em Brasília- Leia mais: www.folha.br
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da Folha Online A Justiça Federal de São Paulo adiou para 4 de junho o depoimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no caso do mensalão --suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada. A audiência estava prevista para 29 de maio. O motivo da mudança não foi divulgado. Justiça Federal adia para 4 de junho depoimento de FHC no caso do mensalão