O último domingo (17/04) foi
puxado! Comecei o dia tendo que explicar aos vários eleitores de Mendonça Filho
(
belojardinense que votaram nele na última eleição por "conveniência") e os de Jorge Corte Real, que
eles não deveriam estar preocupados com o andamento do impeachment já que eles
próprios haviam contribuído com o fato. Há de se entender que vivemos numa
democracia representativa... hihihi
“Nada a temer senão o
correr da luta,
Nada a fazer senão
esquecer o medo.”
(Caçador de Mim –
Milton Nascimento)
Em seguida assisti ao espetáculo
trash de política gospel (modalidade que tem crescido no Brasil) produzido por
deputad@s brasileir@s, do começo ao fim. Tive muita vergonha de ver aquilo, mas
mesmo envergonhada, ri, ri muito e em outros momentos vomitei.
Foram tantos os que falaram em
nome de “Deus, da família, do neto, do cachorro, do papagaio...” pude comprovar
que essa democracia representativa tá bichada, estão lá com o nosso voto para
defenderem interesses particulares e porque não dizer que todo aquele circo
servirá apenas para tornar invisível sua própria corrupção.
Fiquei indignada com tanta
demagogia, mas a minha indignação alcançou índices jamais imaginados no
momento em que o Dep.
Jair Messias Bolsonaro fez uma homenagem ao
cruel
Carlos Alberto Brilhante Ustra, (
aqui quem foi Ustra) um verme a serviço da Ditadura Brasileira que matou centenas de pessoas,
torturou milhares e sequestrou outro tanto. Essa homenagem foi um tapa na cara
de cada um parente daqueles que foram assassinados. Senti-me violentada! Nesse
momento, respirei fundo e me coloquei no lugar da mulher Dilma Rousseff, me
coloquei no lugar dos que morreram pela democracia e no lugar de suas famílias.
Coloquei-me no lugar da família de
Hugo
do Rego Barro, tão próxima de nós.
Desculpa ai Deputado Jean Wyllys,
mas o verme do Bolsonaro é tão desprezível que não vale uma “cuspida”. Mesmo
assim, valeu à intenção você nos defendeu com a única arma que tinha no momento. O meu muito obrigada.
E a cena de horror continua quando percebo que
o cretino foi ovacionado pelos seus pares – 367 deputados, dentre estes, 18
pernambucanos e no meio desses pernambucanos 01 belojardinense.
Quando pensei que já tinha visto
tudo, me deparo nas redes sociais com a indignação seletiva de alguns conterrâneos, alguns até dizendo que estavam com o grito preso na
garganta. _Ora, ora, solte
esse grito e vá trabalhar já que és funcionária da
Prefeitura há cerca de 10 anos e nunca deste um dia de trabalho, sequer
conheces os prédios onde funcionam as várias secretarias municipais, só conhece
o local onde recebe o salário todos os meses, e lebre-se criatura: "O mundo muda com seu exemplo e não com a sua opinião".
As plaquinhas de “Tchau, Querida”
rolaram solta, a mesma plaquinha que foi usada por Bolsonaro, Cunha, Feliciano... Essa miopia
coletiva os impedem de ver o obvio, não percebem que o tchau não é pra Dilma,
mas para Democracia, elas sequer se dão conta que nem a plaquinha vão poder
usar depois do golpe consolidado, quanto mais falar. "estamos cegos, cegos que veem, cegos que vendo, não vêem." (José Saramago)