Com a criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil, pelo então presidente, Getúlio Vargas em 28/10/1937, ficou também a data, determinada para as mais diversas homenagens ao Servidor Público.
De lá pra cá, foram muitos os avanços para essa parcela da sociedade que se faz presente em todos os recantos do país. No entanto, no meio desses avanços, muitos projetos governamentais tiveram como meta principal sucatear o serviço público e, consequentemente seus servidores.
O Governo do PSDB fez isso muito bem, nos 08 anos da gestão de FHC nenhum concurso público, e o que é pior, durante todo esse tempo, apenas 1% foi o percentual de aumento salarial.
Esse modelo teve eco em vários Estados e Municípios brasileiros. E a situação d@ Servidor@ público, ainda hoje, sofre os reflexos daquela época.
Aqui em Belo Jardim, a situação foi bem pior, essa categoria é vista como massa de manobra para fins eleitoreiros. Nenhuma preocupação se vislumbra, no sentido de valorização da classe. Os gestores públicos passam por cima das leis, como se passa por cima de uma barata com a intenção de esmagá-la. Simples assim! Calote nos salários (como diz a galera) "é bóia".
Para se ter uma idéia, @s seviror@s da Prefeitura de Belo Jardim, esperam há cerca de 11 anos que a justiça obrigue a Prefeitura a pagar 3 meses de salários, que foram surrupiados dos mesmos em 2000. O famoso "três meisinhos" - como ficou conhecido na cidade, lembram?
O gestor que assumiu a prefeitura em 2001, ganhou a eleições com o mote da valorização do servidor público, se aproveitando, inclusive, dos desmandos da gestão anterior. Enrolou todo mundo: se negou em pagar os três meses de salários atrasados daquel@s funcionári@s como se a dívida fosse uma dívida pessoal do seu antecessor, e não, uma dívida da prefeitura. A isso, somou uma espécie de demissão light - botou pra fora da prefeitura, sem dó nem piedade, mais de 400 servidor@s públicos EFETIVOS com isso, abriu espaço nesse serviço para seus cabos eleitorais e apadrinhados políticos, contratou mais de 1000 pessoas, dessa forma, inchando a máquina pública. Como ess@s entraram pelas mãos do prefeito, ficaram também refém do mesmo. Qualquer aperto (financeiro) @s contratad@s pagavam o pato. Salários diminuídos, períodos de trabalhos voluntários...
Oito anos se passaram e o prefeito da "disponibilidade" conseguiu eleger seu sucessor. Esse, conseguiu apagar do "caderno de contas" da Prefeitura, o débito dos 3 meses, isso pouco se ouve falar. @s professor@s aqui, ficam sem o direito sagrado de receber o Piso Nacional do Magistério. Um calendário de pagamento, isso nem pensar, paga-se os salários quando é viável para a administração. Concurso Público? Ah! isso é bicho de sete cabeças! Pra que? Se a economia que se faz mantendo mais de 1.300 contratad@s não tem calculadora doméstica que faça, e sem contar, que ai estão, 1.300, mais as suas família... possíveis eleitor@s.
Os órgãos ligados à Prefeitura, a exemplo da Autarquia Municipal, vêm, ao longo dessa administração surrupiando os salários d@s servidor@s de lá. Atualmente a pisadinha é essa: junta-se três meses de salário e paga-se dois.
Mas, quando chega o dia 28/10, a festa é grande: almoços/jantares de confraternização; shows artísticos na rua...
Pura enrolação para fins eleitoreiros dentro de uma cultura do Pão & Circo.
É preciso mais! É preciso valorizar @ servidor@ viabilizando melhores condições de trabalho, de segurança e de salário!
A vida pode até ser considerada "um carnaval", pena é que as máscaras mais cedo ou mais tarde, sempre caem!
A tod@s @s sevidor@s públicos a minha solidariedade! E lembrem-se: uma categoria valorizada depende essencialmente da responsabilidade e do compromisso de cada um de vocês com um projeto político que de fato entenda a diferença entre o público é o privado.
À LUTA SEMPRE, COMPANHEIR@S!