Pode ser que a preferência individual não se discuta, mas com certeza tais assuntos discutem entre si.
Bons tempos aqueles em que os jogadores vestiam a camisa do time, não só vestir no sentido de se uniformizar, mas de defender a causa, a história, a glória do seu time. Seu time. Pois os jogadores nasciam, apareciam e se destacavam, e se aposentavam com o escudo do mesmo time no peito. Naquele tempo o ato de beijar o escudo fazia muito sentido, hoje não mais. Em uma temporada o jogador torna-se ídolo de um clube, na outra está beijando a camisa do time rival. Quem dá mais, quem dá mais? É um leilão de atletas. Por que tudo isso? Porque há uma política em torno dos esportes. Causas trabalhistas, secretarias, ministérios, cláusulas, verbas desviadas em lances estranhos que são guardadas na gaveta. Golaço! E o povo? Ah, o povo fica ao deus dará. Depois de pagar promessa, desembolsa o dinheiro que ganhou suando a camisa para pagar o ingresso e ver o seu time perder de forma estranha. Numa combinação milagrosa de resultados o outro time se classifica. E as entrevistas? “Graças a deus...”, “deus nos abençoou...”, sinal da cruz aqui e acolá. Por que deus não ajudou meu time? Deve ser porque ele é torcedor do time adversário, ou de repente aceitou propina. Pelo amor de deus...? Faça uma fezinha porque nada é por amor, é tudo por dinheiro.
Vitor Pirralho
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