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"... O sonho pelo qual brigo, exige que eu invente em mim a coragem de lutar ao lado da coragem de amar..." Paulo Freire Educador pernambucano

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Homofobia



foto retirada do google


 Nota de Jean Wyllys sobre assassinato de ativista LGBT vítima homofobia em Pernambuco

O deputado Jean Wyllys (Deputado Federal/PSOL-RJ), uma das ma
iores lideranças LGBT do Brasil, publicou nota em repúdio a mais um infame e covarde crime homofóbico. O Brasil é um dos campeões mundiais em homofobia e violência homofóbica.

Enquanto cerca de 1.5 milhões de pessoas celebravam a diversidade, o respeito e o amor ao próximo durante a parada LGBT de Copacabana desse domingo no Rio de Janeiro, a intolerância e o ódio causaram mais um lastimável homicídio homofóbico no estado de Pernambuco. Dessa vez, a vítima foi o jovem Lucas Cardoso Fortuna, jornalista e ativista do movimento LGBT de 28 anos, encontrado morto na praia de Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho.

O assassinato de Lucas engrossa as estatísticas que colocam o Brasil no topo da lista dos países com o maior número de crimes de ódio ao redor do mundo. O código penal brasileiro pune crimes contra a vida e qualquer crime contra a vida já é um crime hediondo, ainda mais quando por motivo torpe, mas as circunstâncias dessa ocorrência – que indicam que ao fim e ao cabo a motivação foi homofóbica – não podem ser menosprezadas ou ignoradas pelo delegado ou delegada responsável pelas investigações, pois determinará o rumo das mesmas.

Envio, desde Bogotá onde denunciarei hoje o assassinato na reunião da Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos. minha solidariedade à família, aos amigos, amigas, companheiras e companheiros ativistas de Lucas e reitero que não ficarei alheio a essa barbárie que ceifa a vida de mais um jovem LGBT. Farei o possível, dentro de meu papel como parlamentar, para que os crimes contra a comunidade LGBT não continuem gozando de impunidade em nosso País.

Luta que segue!
Jean Wyllys


Quem era Lucas?

crédidos; Eneco (facebook)
Brilhante, inteligente, inquieto e um grande militante da comunidade LGBT. Essas são algumas das palavras utilizadas por amigos nas redes sociais para descrever o jornalista goiano Lucas Cardoso Fortuna, 28 anos. Entre as citações favoritas no seu perfil no Facebook, está a frase de Einstein: “Mais fácil desintegrar o átomo que acabar com o preconceito”. Preconceito esse que pode ter ocasionado sua morte. O corpo de Lucas foi encontrado na manhã do último domingo, na Praia de Calhetas, no município do Cabo de Santo Agostinho.
Lucas era presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no município de Santo Antônio de Goiás, e militante do Movimento Gay, em Goiânia. Foi fundador do Grupo Colcha de Retalhos, que luta pela causa LGBT na Universidade Federal de Goiás. Foi o responsável pela organização de diversas paradas da diversidade em Goiânia e lutou pela aprovação do Projeto de Lei 122, que assegura a punição à homofobia no Brasil.
À imprensa goiana, professores da faculdade de jornalismo da UFG, onde Lucas estudou, comentaram o crime muito abalados. “Tudo leva a crer tratar-se de um crime homofóbico pelas agressões sofridas. Lucas Fortuna era um militante da causa gay e combatia a intolerância e a violência através de suas ações pacíficas e brilhante oratória . Durante anos foi um dos organizadores em Goiânia da Parada Gay”, escreveu o professor Juarez Ferraz de Maia, em nota.
“O Lucas foi o meu braço direito enquanto estive na coordenação do curso e foi o responsável por grandes feitos e vitórias no curso de Jornalismo. Brilhante, inteligente e inquieto. Foi uma grande liderança social e do movimento estudantil. Sempre muito precoce em tudo. Acho que ele foi feliz”, destacou Maia.

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