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terça-feira, 2 de agosto de 2011

O que a grande Mídia "não quer ver"!

TERÇA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2011

A “Disneylandia” do filho de FHC

do blog da cidadania – Eduardo Guimarães
A perseguição da mídia a Lula e à sua família não terminou depois que ele deixou o poder. Desde a semana seguinte à posse de Dilma Rousseff, em janeiro, que os ataques ao ex-presidente miram todo e qualquer aspecto de sua vida particular – desde os valores que cobra para dar conferências (como faz seu antecessor Fernando Henrique Cardoso desde que deixou o poder) até as atividades privadas de seus familiares.
Essa perseguição obstinada, irrefreável e interminável acaba de ganhar mais um capítulo. Neste domingo, o jornal Folha de São Paulo expõe uma neta do ex-presidente-operário, Bia Lula, de 16 anos, que integra o elenco de uma peça de teatro que recebeu financiamento de 300 mil reais da operadora de telefonia OI. A matéria insinua que o financiamento só ocorreu devido à influência de Lula.
Este post, porém, não pretende questionar a função fiscalizadora da imprensa nas democracias e, sim, a seletividade nessa fiscalização. Não é ruim que a imprensa fiscalize a vida privada dos políticos desde que não faça isso em benefício de outros políticos, tornando-se partícipe do jogo político-partidário, o que lhe retira a credibilidade, razão pela qual esses conglomerados de mídia negam até a morte que têm qualquer preferência política.

Mas o que explica, então, que as atividades privadas dos filhos de um ex-presidente de determinado partido sejam devassadas dessa forma – não poupando nem uma garota de 16 anos ao lhe reproduzir a foto em uma matéria em que, ao fim e ao cabo, chama seu avô de ladrão (nas entrelinhas) – enquanto não acontece o mesmo com os negócios para lá de esquisitos do filho de FHC Paulo Henrique Cardoso, por exemplo?
Fico imaginando o que teria acontecido se Lula tivesse feito em relação ao seu filho o que fez o antecessor em relação ao dele, enquanto ambos governavam…
Em 1996, Paulo Henrique Cardoso era casado com a filha do dono do Banco Nacional, cuja falência foi evitada por medida provisória editada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Aquela medida tornou possível a venda de parte boa do Banco Nacional para o Unibanco. A parte podre — de seis bilhões de dólares — ficou para o governo pagar. Este blogueiro se cansou de ler editoriais do Estadão defendendo a negociata.
Em 2000, dois anos antes de deixar o poder, FHC autorizou financiamento do seu governo à empresa do próprio filho, Paulo Henrique Cardoso, para montar o pavilhão brasileiro na Expo 2000 na Alemanha, na cidade de Hannover. Foram doados pelo governo federal, então, 14 milhões de reais. O Tribunal de Contas da União e o Ministério Público Federal chiaram, inclusive. A imprensa, porém, deu algumas raras reportagens sobre o caso e nunca mais tocou no assunto, sobretudo depois que FHC deixou o poder.
A boa e velha hipocrisia da mídia dirá que tudo isso aconteceu faz tempo e tentará convencer os incautos de que naquela época foi feito um barulho sequer parecido com o que se faz hoje sob meras especulações e não sob fatos concretos como aqueles que pesavam sobre o filho do ex-presidente tucano. Contra Fábio Luís Lula da Silva, por exemplo, afirmam que financiamento da OI à empresa dele seria escandaloso. Mas alguém viu algum jornalista chamar de escandalosos os fatos sobre o filho de FHC?
E o pior é que PHC continua se metendo em negócios estranhos, para dizer o mínimo. A mídia deveria ter curiosidade sobre seus negócios porque seu pai é o líder máximo do maior partido de oposição, partido que controla governos estaduais poderosos como os de São Paulo (o mais rico do país) e Minas Gerais, sem falar da ascendência do ex-presidente sobre a grande mídia, o que faz dele político a ser agradado por empresas privadas.
Veja só, leitor, o negócio fechado no fim do ano passado pelo filho de um dos políticos mais poderosos e influentes do Brasil, um negócio sobre o qual a grande mídia não especulou nada, não quis saber nada e não publicou nada. Em 29 de novembro do ano passado a Rádio Disney estreou oficialmente no Brasil na frequência FM 91,3 MHz de São Paulo. A emissora foi negociada no começo do ano, quando a Walt Disney Company se uniu à Rádio Holding Ltda. e comprou a concessão. A Holding pertence a Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e detém 71% do negócio.
Walt Disney Company é um dos maiores grupos de mídia dos Estados Unidos e esse será o seu maior investimento no Brasil. Teve que se associar minoritariamente ao filho de FHC porque a legislação brasileira não permite que empresas estrangeiras controlem veículos de comunicação. Por isso precisa de um brasileiro…
O filho de Lula, dito “Lulinha” pela mídia, recebeu acusações explícitas e incessantes por receber financiamento de uma grande empresa. Por que foi diferente com o filho de FHC? O caso deles é bastante parecido, ora. Ambos têm sócios poderosos em empresas de comunicação – “Lulinha” produz conteúdo para uma televisão UHF e Paulo Henrique é sócio de um tubarão internacional numa rádio.
É injusto dizer que há irregularidades nesses negócios de familiares dos ex-presidentes. Para expor as famílias da forma como a Folha fez com a neta de Lula, deveria haver mais do que especulações. Tanto para a família do ex-presidente petista quanto para a do tucano. Os valores que eles cobram pelas palestras, idem. Mas se a mídia quer investigar, que faça com todos os políticos e não só com aqueles dos quais não gosta.
PS.: do blog os amigos do presidente Lula:
A Oi patrocinou 187 projetos culturais, sendo a maior parte para artistas, como Jô Soares, atores e atrizes contratados pela Globo. Agora, está patrocinando a peça “A Megera Domada”, clássico de Shakespeare, adaptado pelo autor da peça Walcyr Carrasco (autor da atual novela global das 7, Morte e Assopra). Entre as atrizes da peça, está Bia Lula da Silva, a neta do ex presidente Lula. O Jornal Folha de São Paulo insinua que esse é o primeiro patrocínio da tele, e a exceção seria por ter na peça a neta do Lula. A peça, tem outros patrocinadores como a Editora FTD dos irmãos Irmãos Maristas. A edição da Folha sensacionalista deste domingo não viu, esqueceu de publicar. Mas o jornal da família Frias, não esqueceu de fazer insinuações maldosas contra a neta de Lula, que não é dona da peça e nem atriz principal. A atriz protagonista é Giovanna Ewbank, esposa do Global Bruno Gagliasso, que a Folha, também não viu. A Folha de São Paulo, não citou o autor da peça, Walcyr Carrasco. Os Frias vão perseguir até o último herdeiro de Lula? Acho que nenhum presidente, foi alvo de tanta agressividade, de tanta maldade de certos setores da mídia como Lula. Comentário do jornalista Luis Nassif: É uma perseguição descabida. Pretendem estigmatizar todos os parentes de Lula. Mônica Serra tem uma ONG, a "Se Toque", inteiramente bancada pela Sabesp com lei de incentivo fiscal do Estado. A ONG não cumpriu as metas fixadas no ano passado - visitas a escolas. E faz-se um carnaval porque uma neta de Lula é atriz em uma peça.

2 comentários:

Wagner Rafaell Peixoto disse...

Cara Adilza, ao final da postagem, a única impressão que fica é a de que para vocês, não se pode acusar Lula pq FHC teria procedido de maneira, digamos, equivalente.

Eu penso diferente. A meu ver, a conduta errada de FHC, se é que houve, nao anula em nada a a de Lula. A Neta é dele, mas a grana é NOSSA.

Até onde acompanhei, a manobra feita no banco da nora de FHC foi totalmente legal, assim como a aplicação da Lei Roaneut no caso da neta de Lula. Resta saber se são ambos os casos MORAL.

Acho extremamente deselegante (para nao dizer calhorda) vincularem um suposto filho de FHC, menor de idade, e que segundo soubemos nas últimas semanas, nem é filho dele mesmo (o que está na foto exposta na postagem) para fazer uma pequena represália ao fato de a neta de Lula ter sido colocada na questão.

A pequena diferença é que a neta do Petista quer DINHEIRO que virá de renúncia fiscal, por tanto, público. O filho de FHC nem por aqui anda, e nem filho dele é.

Jeito PT de ser...

Alfinetes & Bombons disse...

O texto, defende que a mídia APURE e faça DENÚNCIAS de TOD@S, político e partidos. E é isso que eu defendo. Não concordo com a história de que FHC fez e o PT pode fazer.Condeno todos os tipos de corrupção,desvio,roubo ... com o dinheiro público, mas acho que a mídia tem que dar destaque igual para tod@s. E embora vc não consiga ser imparcial nunca, há de concordar. E tenho certeza de que vc é um cara inteligente, no que se refere "interpretar textos" E O TEXTO QUESTIONA ISSO!