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BELO JARDIM, NE/Pernambuco, Brazil
"... O sonho pelo qual brigo, exige que eu invente em mim a coragem de lutar ao lado da coragem de amar..." Paulo Freire Educador pernambucano

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Perdendo espaço...

imagem do Google
O Prefeito eleito João Mendonça, já divulga na blogosfera local, os nomes que irão compor o primeiro escalão do seu governo, junto a isso, circula a notícia de que a Secretaria Especial da Mulher será desativada, um outro organismo será criado (coordenadoria/Diretoria...) e vinculado a Secretaria de Ação Social. 

Sabemos sim que essa secretaria foi organizada aqui na cidade para a simples acomodação de cargos para aliados, foi a lógica da "governabilidade" que falou mais alto, isso é fato!



imagem retirada do Google

No entanto, na nossa opinião, desativar essa secretaria é o mesmo que fechar as portas para a possibilidade de projetos importantes no âmbito social, político e econômico, voltados para essa parcela da sociedade, e que, sabemos também, é maioria. Atitudes como essa, coloca as mulheres em segundo plano. E acreditamos não ser essa a intenção dessa nova administração.



A dívida do país com as mulheres é enorme, e vai muito mais além da Assistência Social e é um perigo olhar para as políticas públicas de empoderamento e autonomia das mulheres pelo viés da assistência social.

A Secretaria de Ação Social, é sim uma das secretarias mais importantes de uma administração, já que têm a função de executar a política municipal de amparo e assistência as crianças, aos adolescentes, aos idosos e as pessoas portadoras de deficiência, juntar tudo isso as questões das mulheres nos parece não combinar muito, porque como já dissemos, as políticas públicas para as mulheres devem ir muito além da assistência.

imagem retirada do Google


A Secretaria da Mulher deve ter como objetivos: formular, desenvolver, articular, apoiar e monitorar políticas públicas que visem a promoção, proteção e defesa dos direitos da mulher e a melhoria da sua qualidade de vida. Tudo isso, para serem articulados/executados juntamente com outras secretaria a exemplo da educação, saúde... e Assistência Social.

Uma coisa é o trabalho em parceria com a ótica da transversalidade, outra é a fusão. A parceria dar certo a fusão não tem como funcionar, pois estariam debatendo em um mesmo ambiente administrativo e político, segmentos com necessidades diferentes, que passarão a ser tratados como iguais no planejamento estatal e ainda, da administração dos recursos. Essa "fusão" seria o contexto do cobertor curto. Alguém com certeza ficará com os pés descobertos.


"As lutas das mulheres, registradas ao longo da história e as políticas públicas recentemente incorporadas à agenda das gestões por todo o mundo, têm trajetórias diferentes, mas se encontram no mesmo propósito, garantir a cidadania plena às mulheres através da igualdade e efetivação de direitos."



E se, na gestão que está acabando a Secretaria Especial da Mulher deixou à desejar, o caminho não será o da desativação, mas o de incrementar as ações e com isso dar o rumo certo às suas atividades.

É tempo é de avançar, ampliar os espaços!








quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

I Encontro de Terreiros de Belo Jardim: Um sucesso!





Cerca de 100 pessoas, entre líderes de terreiros, acadêmicos, líderes do Movimento Sindical, estudantes e simpatizantes das religiões de matriz africana estiveram reunidos no auditório do IFPE no último sábado (08/12) participando do I ENCONTRO DO POVO DE TERREIROS.







O evento, idealizado pelo Ilê Axé Oyá Ogumtô (Terreiro de Tota), que vêm desde 2011 desenvolvendo atividades dentro de um Projeto Sócio-Educativo e Cultural - Oyá Ajanan Omô,  tem como objetivo dar subsídios para a construção de políticas públicas para o segmento, com vistas à proteção, promoção e consolidação de suas tradições, reconhecendo seus mitos, mitologias, simbologias e expressões artísticos-culturais.
Vera Baroni e o babalorixá Tota

A Ìyabassé Vera Baroni, membro da Rede de Mulheres de Terreiros de Pernambuco e membro do CNPIR - Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, convidada para desenvolver o tema central do encontro, palestrando sobre : "Comunidades Tradicionais de Terreiros e os Benefícios da Organização", considerou o evento um grande acontecimento, levando em consideração ser a primeira vez que as comunidades tradicionais de terreiros da cidade se reúnem para debater o assunto, mesmo tendo a cidade em sua história a existência de um Terreiro com mais de 40 anos. "A princípio é um marco para o povo de terreiro, já que esse é o I Encontro, não só de Belo Jardim, mas de toda uma região. Vamos construir parcerias e desenvolver ações juntos", conclui.


Ìyabassé Vera Baroni


Vera Baroni, também lembrou em sua fala, que 2/3 da população belojardinense é auto-definida como preta/parda (Censo/2010), e que assim sendo, se faz necessário que as políticas públicas sejam voltadas para as questões específicas dessa grande parcela da sociedade.





Conceição Silva - Olinda/PE

A organização do evento fez um recorte para a questão de saúde, e a gestora da Coordenação de Saúde da População Negra  da cidade de Olinda, Conceição Silva, fez um relato das experiências exitosas daquela cidade.





Dentre os encaminhamentos aprovados, está a instalação de um Núcleo da Rede de Mulheres de Terreiros de Pernambuco, na cidade, para atuar na região Agreste.
Xirê de boas vindas - créditos: A.C.Silva

Comunidades Tradicionais de Terreiros representadas no I Encontro:
Ariaxé Oxum Opará
Ilê Axé Oyá Ogumtô
Ilê Nagô de Iansã
Ilê Ifá
Ilê Axé Iemanjá Ogumté
Centro de Umbanda Mestre Zé do Beco
Casa de Jurema Caboclo Oxossi
Centro Mestre Tertuliano
Casa de Jurema Mestre Pilão Deitado


mais fotos do evento você vê na nossa página:



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Ilê Axé Oyá Ogumtô - Promove!


Participe você também!

Liberdade e identidade religiosa:
Uma questão de cidadania!

1º Encontro do Povo de Terreiros de Belo Jardim!

" Não se revertem estigmas de longa duração por mera formalização de direitos,
 sabemos tod@s. Exigem-se outras medidas:
 conhecer para atuar pode ser uma delas."
Adilza C.Silva



créditos: A.C.Silva - 6º Encontro de Mulheres de Terreiros


O Ilê Axé Oyá Ogumtô,  realiza neste sábado 08/12, das 08h00 às 17h00, 
no auditório do IFET (Antigo Colégio Agrícola)



 O I ENCONTRO DE POVO DE TERREIROS DE BELO JARDIM.







Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos, com suas bases fundamentadas nas religiões de matriz africana, e o objetivo  é o de aproximar o Estatuto da Igualdade Racial das práticas cotidiana. O Estatuto, aprovado desde 2010, expressa legitimas demandas da população negra e se constitui num importante instrumento para que as desigualdades raciais sejam abordadas em diferentes níveis de governo.

créditos: A.C.Silva



Cumprir as obrigações desta Lei exige, entre outras medidas, a capacitação também da população, de modo a alterar padrões culturais arraigados, os quais só têm ao logo dos tempos provocado a violência.  É preciso conhecer para poder atuar!







Ilê Axé Oyá Ogumtô

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

08h00 - Credenciamento e entrega de material;

09h00 - Boas Vindas (Abertura Religiosa)

09h30m - Abertura Política do Evento
* Apresentação do Grupo de Trabalhos do Ilê Axé
* Objetivos do evento e apresentação da pauta.



10h00 - Palestra;
Tema: Comunidades de Terreiros e os Benefícios da Organização Social.
Palestrante: Vera Baroni
Membro do Conselho Nacional da Promoção e Igualdade Social - CNPIR e Membro da Rede de Mulheres de Terreiro de PE

11h00 - Debate

12h00 - Almoço

13h30m - Início dos Trabalhos em Grupo
* Comunidades Tradicionais de Terreiros e o Acesso as Políticas Públicas
Coord. Conceição Silva - Sec. Saúde da Prefeitura de Olinda;
* Os Terreiros e a cidade: Diretrizes para as políticas públicas.
Coord. Adones Valença - Prof. História e Dir. Cultura do SESC 
* Controle Social: Paridade entre o Povo e o Estado.
Coord. Adilza C. Silva - Prof. especialista em Prog. do Ensino de História, ativista das causas sociais.

15h00 Plenária final para sistematização das propostas;
15h30m - tribuna Livre e encaminhamentos
16h00 - Xirê de Encerramento


Inscrições: accgclio@gmail.com

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

L'Oréal e a luta contra Aids.


foto: facebook.com/ligia.pinheiro.77



página do facebook.com/salao.degos
A L'Oréal, reuniu em Recife, no Parque da Jaqueira, neste domingo (02/12) os melhores Salões de Beleza do Estado para a Ação Solidária Cabeleireiros Contra a Aids.

A ação em prol da luta contra a Aids, teve como objetivo arrecadar fundos a  Ong Sociedade Viva Cazuza.

A L'Oréal escolheu "a dedo" @s profissionais para colaborar com a ação, dentre eles o belojardinense Juvã Pereira do Salão Degôs.

Quem passou pelo Parque da Jaqueira comprava o calendário e ganhava um corte de cabelo.



Parabéns Juvã Pereira!

50 anos da FETAPE

foto retirada do facebook/deputadateresaleitao



Nas comemorações de 50 anos da FETAPE (Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Pernambuco) uma das homenageadas foi a Dep. Teresa Leitão pelo seu trabalho em benefício dos homens e das mulheres do campo.




A FETAPE conta com sindicatos em 179 municípios. Ao longo dos anos, garantiu avanços para trabalhadores rurais com uma atuação que vai desde os processos reivindicatórios e propositivos até o monitoramento de políticas públicas municipais, estadual e federal.

Na foto, a deputada o o diretor da FETAPE, o nosso companheiro Adelson Freitas, também Vice-Prefeito na cidade de Brejo da Madre de Deus.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Sancionada a Lei que preserva patrimônio africano no Estado.



foto: facebook.com/governodepernambuco


O governador Eduardo Campos sancionou, nesta quinta-feira (29/11), lei que versa sobre a preservação e tombamento do patrimônio cultural de origem africana. O projeto contempla bens materiais e imateriais da identidade negra na formação da sociedade pernambucana,  de autoria da deputada Estadual Teresa Leitão.




De acordo com a nova lei, ficarão resguardados documentos, obras, objetos, formas de expressão, celebrações, edificações e sítios em geral de reminiscência da cultura africana. Já as manifestações históricas dos antigos quilombos e terreiros de candomblé têm prioridade no processo de tombamento.



“Essa é uma grande contribuição a uma sociedade sem as discriminações que, infelizmente, ainda marcam nossa nação. Há ainda um débito extraordinário com o povo africano, que teve uma influência muitas vezes não reconhecida devidamente. Esse ato é a oportunidade de seguir afirmando que esse é um caminho irreversível”, disse Eduardo.



Segundo a lei, fica estabelecida a responsabilidade do Poder Executivo sobre o levantamento do inventário do patrimônio, bem como a promoção de estudos e pesquisas na área. “Essa lei foi debatida com o Movimento Negro Unificado, fizemos a adequação legal do projeto e uma audiência pública. Ela vem se somar a um trabalho profícuo da promoção da igualdade racial”, afirmou Teresa Leitão.

A iniciativa de fazer a sanção publicamente,faz parte das comemorações do mês da consciência negra.


postado originalmente: http://www.facebook.com/governodepernambuco

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Homofobia



foto retirada do google


 Nota de Jean Wyllys sobre assassinato de ativista LGBT vítima homofobia em Pernambuco

O deputado Jean Wyllys (Deputado Federal/PSOL-RJ), uma das ma
iores lideranças LGBT do Brasil, publicou nota em repúdio a mais um infame e covarde crime homofóbico. O Brasil é um dos campeões mundiais em homofobia e violência homofóbica.

Enquanto cerca de 1.5 milhões de pessoas celebravam a diversidade, o respeito e o amor ao próximo durante a parada LGBT de Copacabana desse domingo no Rio de Janeiro, a intolerância e o ódio causaram mais um lastimável homicídio homofóbico no estado de Pernambuco. Dessa vez, a vítima foi o jovem Lucas Cardoso Fortuna, jornalista e ativista do movimento LGBT de 28 anos, encontrado morto na praia de Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho.

O assassinato de Lucas engrossa as estatísticas que colocam o Brasil no topo da lista dos países com o maior número de crimes de ódio ao redor do mundo. O código penal brasileiro pune crimes contra a vida e qualquer crime contra a vida já é um crime hediondo, ainda mais quando por motivo torpe, mas as circunstâncias dessa ocorrência – que indicam que ao fim e ao cabo a motivação foi homofóbica – não podem ser menosprezadas ou ignoradas pelo delegado ou delegada responsável pelas investigações, pois determinará o rumo das mesmas.

Envio, desde Bogotá onde denunciarei hoje o assassinato na reunião da Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos. minha solidariedade à família, aos amigos, amigas, companheiras e companheiros ativistas de Lucas e reitero que não ficarei alheio a essa barbárie que ceifa a vida de mais um jovem LGBT. Farei o possível, dentro de meu papel como parlamentar, para que os crimes contra a comunidade LGBT não continuem gozando de impunidade em nosso País.

Luta que segue!
Jean Wyllys


Quem era Lucas?

crédidos; Eneco (facebook)
Brilhante, inteligente, inquieto e um grande militante da comunidade LGBT. Essas são algumas das palavras utilizadas por amigos nas redes sociais para descrever o jornalista goiano Lucas Cardoso Fortuna, 28 anos. Entre as citações favoritas no seu perfil no Facebook, está a frase de Einstein: “Mais fácil desintegrar o átomo que acabar com o preconceito”. Preconceito esse que pode ter ocasionado sua morte. O corpo de Lucas foi encontrado na manhã do último domingo, na Praia de Calhetas, no município do Cabo de Santo Agostinho.
Lucas era presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no município de Santo Antônio de Goiás, e militante do Movimento Gay, em Goiânia. Foi fundador do Grupo Colcha de Retalhos, que luta pela causa LGBT na Universidade Federal de Goiás. Foi o responsável pela organização de diversas paradas da diversidade em Goiânia e lutou pela aprovação do Projeto de Lei 122, que assegura a punição à homofobia no Brasil.
À imprensa goiana, professores da faculdade de jornalismo da UFG, onde Lucas estudou, comentaram o crime muito abalados. “Tudo leva a crer tratar-se de um crime homofóbico pelas agressões sofridas. Lucas Fortuna era um militante da causa gay e combatia a intolerância e a violência através de suas ações pacíficas e brilhante oratória . Durante anos foi um dos organizadores em Goiânia da Parada Gay”, escreveu o professor Juarez Ferraz de Maia, em nota.
“O Lucas foi o meu braço direito enquanto estive na coordenação do curso e foi o responsável por grandes feitos e vitórias no curso de Jornalismo. Brilhante, inteligente e inquieto. Foi uma grande liderança social e do movimento estudantil. Sempre muito precoce em tudo. Acho que ele foi feliz”, destacou Maia.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Dia da Umbanda : Homenagem pede respeito e fim do preconceito

Créditos da foto: Jedson Nobre - VI caminhada de Terreiros/PE


A Câmara realizou nesta segunda-feira (12), sessão solene em homenagem aos cultos afrodescendentes. A solenidade foi sugerida pelo deputado Vicentinho (PT-SP) em comemoração ao dia 15 de novembro, sancionado este ano, pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia da Umbanda. Além disso, o parlamentar anunciou a criação de um selo dos Correios em homenagem à Umbanda.


Dia da Umbanda : Homenagem pede respeito e fim do preconceito
A Câmara realizou nesta segunda-feira (12), sessão solene em homenagem aos cultos afrodescendentes. A solenidade foi sugerida pelo deputado Vicentinho (PT-SP) em comemoração ao dia 15 de novembro, sancionado este ano, pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia da Umbanda. Além disso, o parlamentar anunciou a criação de um selo dos Correios em homenagem à Umbanda.
Em discurso, Vicentinho ressaltou a importância da criação do Dia Nacional da Umbanda, considerado por ele como uma grande vitória e que precisa ser comemorado. Segundo ele, a religião sofre muito preconceito dentro do Congresso Nacional. “A Constituição prevê direitos iguais e respeito às religiões, mas a gente percebe que existe discriminação na Câmara, no Senado”, disse o parlamentar. Ele avaliou a iniciativa da presidenta Dilma como uma demonstração de respeito à religião. Ainda, segundo o deputado, conforme conversa com a presidência dos Correios, o selo que trará em sua estampa imagens que cultuam a religião, será lançado no próximo ano.
A deputada Erika kokay (PT-DF) participou da solenidade e parabenizou os umbandistas e o deputado Vicentinho pela homenagem. “Falar de umbanda é falar de amor, de solidariedade, porque o terreiro é de todos e todas” disse a parlamentar. Além disso, a deputada avaliou a sanção da presidenta como um reconhecimento do débito que o país tem com a religião. Para ela, a umbanda tem resistido ao preconceito e conservado a cultura afrodescendente no país.
Para o presidente da Federação de Umbanda e Cultos Afro Brasileiros de Diadema, Cássio Ribeiro, a instituição da data comemorativa trará mais força à religião e ajudará a reduzir o preconceito sofrido pelos umbandistas.
(Andre Lage, PT na Câmara)
Foto: Adilza Cristina
D.O do estado.

Em Pernambuco, foi aprovado o substitutivo do Projeto de Lei nº 456/2011 de autoria da Deputada Teresa Leitão, a proposição denomina como patrimônio bens materiais e imateriais de referência a identidade e a memória de origem afro.
"Fico feliz que essa matéria seja votada antes do dia 20 de novembro, Dia da Consciência negra, pontuou a parlamentar."

















terça-feira, 13 de novembro de 2012

Seminário do PTB

Créditos foto:Alexandre Albuquerque

O Senador Armando Monteiro, presidente do PTB/PE, reuniu ontem (segunda-feira 12) no Atlante Plaza Hotel, em Boa Viagem, mais de 150 prefeitos, vices, secretários, lideranças do PTB e de partidos aliados, para o Seminário Novos Desafios - Um olhar Moderno na Gestão das Cidades. Dr. Maneco e Bruno Galvão/PT, estiveram presente no evento.


Ao abrir o seminário o Sen. Armando Monteiro, fez um alerta aos prefeitos eleitos e reeleitos, os quais, têm a missão de fazer mais com menos a partir de 1º de janeiro/2013. Para isso, enfatizou: precisarão se apoiar em ferramentas modernas de gestão.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012



Condenado, sem passaporte e prestes a ser sentenciado a uma das mais duras penas da história judicial brasileira, José Dirceu não tem alternativa a não ser exibir, com orgulho, as algemas preparadas por Joaquim Barbosa, assim como fez quando foi preso pelo regime militar; leia o texto inédito do poeta Lula Miranda, exclusivo para o 247

9 DE NOVEMBRO DE 2012 ÀS 19:03


Por Lula Miranda
Foi o que teria dito a José Dirceu, em Setembro de 1969, um dos presos políticos naquele histórico momento de resistência à ditadura militar em que 15 prisioneiros do regime de exceção e arbítrio, que se instaurara no Brasil,  foram libertados em troca do embaixador americano – na fotografia aparecem 13, apenas uma mulher.
Exceção e arbítrio. Palavras malditas. Palavras-emblema  de tempos sombrios.
Segundo relato de Flavio Tavares, hoje jornalista e escritor, ele teria sussurrado aos companheiros na ocasião: “Vamos mostrar as algemas”. Fez isso num insight “de momento” ao notar que os presos que estavam ali perfilados, alguns agachados, como um time de futebol campeão, numa forçada pose para uma foto que viria a se tornar histórica, escondiam as algemas. E por que escondiam as algemas aqueles jovens? Talvez por vergonha. Talvez porque estivessem preocupados em como aquela imagem poderia machucar ainda mais seus familiares e parentes mais próximos. Ou talvez, simplesmente, porque já estavam por demais combalidos e abalados moral e emocionalmente para se preocuparem com aquele peculiar adereço do arbítrio. Não se sabe ao certo, tampouco importa. Mas, insistiu Tavares, naquele “insight” que, ao contrário,em vez de esconder, as exibisse.
 Mostre as algemas, Zé! Exorto-lhe nos dias que correm hoje. Dias de incipiente e vilipendiada democracia.
Na foto, podem verificar, percebe-se nitidamente o Zé Dirceu exibindo, intrépido, as malditas algemas.
Eu que não fui amigo daquele jovem idealista algemado de outrora, tampouco conheci o suposto homem “todo-poderoso” do governo; logo eu que o combati na disputa política, até com palavras duras, eu que nunca o vi mais magro,  ouso lhe fazer a mesma súplica: Mostre as algemas, José Dirceu!
Não tenha vergonha de nada; tenha orgulho. Você ainda será, por vias transversas, um preso político. Sim, orgulho! Em que pese a maledicência covarde daqueles que, assim como naqueles dias sombrios de 1969, hoje lhe apontam o dedo, xingam e condenam. São os mesmos – “imortais”, “eternos” porta-bandeiras da (falsa?) moral. Ora se são!
Mostre as algemas, Zé! 
Exiba a todos, daqui e para o resto do mundo! Mostre a todos o que se faz aqui no Brasil a homens como você, que prestaram valorosos serviços à pátria; que lutaram com destemor contra a ditadura; que ajudaram a eleger o Lula; que empenharam a sua vida e juventude no afã de mudar um pouco a feia face desse país tão injusto com seus filhos, ajudando a implantar políticas públicas que tiraram milhões da miséria e do desalento.
Mostre a p* dessas algemas, cara! Para o bem e para o mal. Para o orgulho dos amigos e  regozijo dos inimigos. 
Confesso que esperava que o julgamento do STF fosse “emblemático”, justo. Não “justo” pelo mesmo metro, critério ou “premissas” com que a imprensa insuflou e ensandeceu as galerias. Mas justo “de verdade”: que fossem condenados os culpados, aqueles que tivessem suas culpas efetivamente comprovadas. Sim,  que fosse uma firme sinalização rumo ao fim da impunidade no Brasil. Mas não foi isso exatamente o que se viu. Não foi isso que testemunhamos. Houve erro e exagero. Do Supremo. Da mídia grande em geral. Uma caricatura. Entre erros e acertos, a injustiça foi soberana.
Os ministros demonstraram-se, desgraçadamente, um tanto tíbios, vaidosos e suscetíveis à pressão e clamor da turba, de modo irresponsável manipulada e insuflada pela opinião publicada. 
Você foi condenado sem provas. Isso é fato, irretorquível. Foi condenado sem provas, repito. Foi condenado com base em  suposições e suspeitas, com bases em capciosos “artifícios” jurídicos, tais como a hoje célebre “teoria do domínio do fato”. Uma excrescência, uma espécie de “licença poética” do golpismo – com o perdão dos poetas, por aqui aproximar as palavras “poética” e “golpismo”.
Eu poderia “achar” que você era culpado. O meu vizinho poderia achar que você era culpado. O taxista poderia achar. Todo mundo poderia “achar” que Zé Dirceu era culpado. Mas um juiz, seja do Supremo ou de 1ª instância, não pode, em absoluto, “achar” que você ou qualquer outro é culpado. Isso é uma ignomínia – como você tem se cansado de dizer, reiteradas vezes, em suas manifestações. Não nos cansemos de, indignados, exclamar: uma excrescência, uma ignomínia!
Zé,mostre as algemas! Elas são o espúrio troféu que lhe ofertam os verdugos!
Nunca pensei em sair do meu país, Zé, agora já penso com carinho e desconforto nessa possibilidade. Como posso viver num país em que minhas garantias fundamentais de cidadão não são respeitadas?! 
Que país é esse?! Que Justiça é essa?!
Quebrou-se a pedra fundamental de toda nossa estruturação jurídica: a presunção da inocência. Em seu lugar colocaram a presunção da culpa. Parece piada, de mau gosto, decerto, mas não é. Como já disse antes, repito: não se é permitido fazer graça com a desgraça alheia. E sua vida foi desgraçada, Zé.
Mostre as algemas!
Veja bem, se você – insisto, reitero – um homem que tantos serviços prestou ao país, um homem respeitado por intelectuais, políticos e autoridades do mundo todo foi enxovalhado dessa maneira, submetido à execração pública pela mídia. Desonrado, chamado de “quadrilheiro”, “mensaleiro”, “ladrão”, o que fariam com um “poeta marginal” como eu? Um homem qualquer, sem galardão algum, sem cânone, sem mérito.  Parafraseando certa atriz de cenho angelical, “namoradinha” desse mesmo Brasil: tenho medo. 
Não sei que monstro o STF e a grande imprensa estão ajudando a criar. Mas uma coisa eu lhe asseguro: é assustador.
Para aqueles que, sem questionar, acham justa a sua condenação e prisão eu pergunto; para os “inocentes úteis” que aceitam sem titubear esses consensos forjados e essas verdades absolutas que a grande mídia sopra, todos os dias, em nossas consciências nos telejornais e nas manchetes dos jornais estampadas nas bancas; faço-lhes a pergunta que não quer calar: porque criminalizam e prendem somente os petistas e mais alguns “mequetrefes” da chamada “base aliada” do governo Lula? 
Por que essas práticas de sempre na política, hipocrisia à parte, agora “ilícitas” e “criminosas”, só são permitidas aos “de sempre”? Por que os sessenta e tantos investigados no chamado “mensalão mineiro” [não é tucano?!] não foram acusados/denunciados? E não serão jamais – pois para estes o crime é eleitoral; é caixa 2, já prescreveu [“Dois pesos, dois mensalões” – by Jânio de Fritas]. Já quando são petistas os agentes da ação...   é corrupção; é “golpe”; são “práticas espúrias”, “criminosas” de um partido, digo de uma “quadrilha”, em “sua sanha de se perpetuar ad eternum no poder”. Não, essas palavras não vieram da tribuna do Senado ou da Câmara dos Deputados,  não saíram da boca de algum político da oposição, mas – pasmem! –  foram proferidas por ministros do Supremo. Por ministros do Supremo, repito! Juízes na Ação Penal nº 470. Vejam a que ponto chegamos!!!
Mostre as algemas, Zé! Mostre as algemas!
Essas tais “práticas ilícitas” ou “criminosas” não deviam ser permitidas a ninguém - não é mesmo?  A Justiça não deveria ser igual para todos?!
Qual a resposta a esse singelo por quê?
Por que só os petistas são condenados, execrados  e presos? 
A resposta também é simples: para que o poder permaneça nas mãos dos "de sempre", nas mãos dos eternos “donos do poder”. As chamadas “regras do jogo”, até as bastardas, servem apenas para a parte podre das nossas elites; quando é para os “do lado de cá” aí deixa de ser “regra do jogo”, passa a ser crime; “práticas espúrias”; “compra de voto”.
Faço um singelo convite a todos: vamos pensar o país, no qual  a gente vive, um pouco além da hipocrisia, do partidarismo, do "falso moralismo" e dos "manchetismos grandiloquentes" de uma imprensa que serve aos interesses de determinada classe social e ideologia. Mais temperança e equilíbrio aos juízes Supremos e nem tão supremos assim, o  chamado “cidadão comum”. 
Não podemos nos dobrar a esse estado de coisas. Não podemos nos calar e assim sermos cúmplices e testemunhos silentes dos erros dos tribunais. Repito: o Supremo exagerou; a mídia exagerou. 
Quadrilha?! Onde? Compra de votos?! Penas de reclusão superiores a 30 anos! Há aí um nítido erro na tipificação dos crimes, nas condenações  e exagero na dosimetria das penas. O que é uma pena. Pois isso poderá até favorecer aos condenados, pois essas condenações injustas e essas penas exageradas certamente serão revistas algum dia, por esse ou por outro tribunal. Espero, sinceramente, que sejam revistas por esse mesmo colegiado, pois ali também estão homens de valor. E que essa vergonha, esse grave equívoco não se perpetue.
Nesse momento, só me resta dizer...
Mostre, com orgulho, as algemas, José Dirceu!
Lula Miranda é poeta, cronista e Economista. Foi um dos nomes da poesia marginal na Bahia na década de 1980. Publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa, Fazendo Média e blogs de esquerda
Postado originalmente:
 http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/85019/Mostre-as-algemas-Z%C3%A9!.htm

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Hoje é dia de Fábio Galvão!


Que a vida te sorria sempre, seja longa e marcada por muito sucesso!

Que todos os seus sonhos se tornem realidade e que dentro dessa realidade sempre caiba um pouco de sonhos.

Parabéns.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Só pra refletir!


Cê Jura?

Por Walter Hupsel

Acabaram as eleições municipais. Depois de meses de noticiários e análises que visavam o pleito, temos os eleitos e os derrotados. Como gostam de chavões, "a voz das urnas" se manifestou. Na verdade, as vozes se manifestaram, polifônicas, com ruídos e microfonias, por vezes cacófatos.

É uma massa enorme, que por vezes dificulta o entendimento dos ditos especialistas. Cada lugar tem vicissitudes e pautas específicas, problemas, arranjos de força, composições partidárias, história e histórias.

Analisar as eleições municipais necessitaria ver cada um dos vetores em cada uma das cidades, ou, ao menos, dos grandes colégios eleitorais. A soma de votos, apenas, ou o número de prefeituras conquistadas, é importante, mas sozinhos pouco dizem sobre a "voz das urnas".

Por enquanto há apenas um grande derrotado: os analistas que nos provêem comentários sobre as eleições. Fora honrosas exceções, estes senhores misturaram os que desejariam que acontecesse com o que desejariam que acontecesse. Sim, pura vontade travestida de análise política.
Assim escolhem por onde olhar. O PT não ganhou em Salvador, mas cresceu suas prefeituras em mais de 40%  na Bahia. Ganhou ou perdeu?

Mas o caso mais paradigmático é mesmo São Paulo. Fernando Haddad começou a campanha com ínfima intenção de voto, desconhecido que era. Isso é mais que normal em todas as campanhas, mas os "analistas" se apressaram em culpar Lula, em dizer que Haddad foi uma imposição do ex-presidente, como se todos tivessem que se prostrar perante Lula.

Seletivamente, esqueceram de apontar o dedo para as estranhas prévias no ninho tucano de São Paulo .
Tentavam assim mostrar Lula como um ditador interno ao PT e José Serra como um democrata. Este foi declarado "vencedor" pelo imortal Merval Pereira, como o candidato que, atenção, aspas: "mais une o PSDB"

Também anteviam fortemente a derrota do "poste". Se a candidata fosse Marta Suplicy, disseram, a situação seria radicalmente diferente. O PT teria alguma chance. Com a interferência do ex-presidente ditador, uma enorme derrota petista avizinhava-se.

A campanha mal começara e a tese do grande perdedor reverberava. E aí veio a tal foto com Maluf. Pronto. Pá de cal na candidatura Haddad, o poste imposto pelo ex presidente estava politicamente morto. Mais que suficiente para declarar a inabilidade política dele.

Por fim, ahhh, por fim o "mensalão". Os analistas famosos insistiam, repetiam, falavam "mensalão" a cada duas palavras. Um mantra que tentava se fazer entoado por todos, como uma musica pop grudenta.

Em certa medida a estratégia pegou. Inúmeras pessoas passaram a cantarolar a música, que tentava fazer do PT o partido antiético por excelência, e que votar em Fernando Haddad era votar na corrupção, quando votar no PSDB era votar na ética, mesmo quando os dados não sustentam esta tese, por motivos óbvios.

Com o resultado das urnas, as vozes roucas e polifônicas são usadas de acordo com o desejo dos analistas. O "poste imposto", o "representante" "do  maior escândalo de corrupção da república",  foi eleito com quase 56% dos votos válidos, contra o eterno candidato, ex-ministro, ex-governador, ex-prefeito, José Serra.

Em 2000, na última vitória do PT na prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, sem ser um "poste" ou "mensaleira" derrotou Paulo Maluf com 58% dos votos.

Com estes resultados, a saída para os tais analistas desejosos foi cravar: o PT ganhou, mas ganhou menos do que gostaria.
Como dizem por aí: Cê jura?