Achar-se situada à margem do mundo não é posição favorável para quem quer recriá-lo.
(Simone de Beauvoir)
A criação das Secretarias de
Políticas Públicas para as mulheres foi uma importante ferramenta para o
desenvolvimento de ações voltadas especificamente para essa parcela da
sociedade, (diga-se de passagem, maioria da população) nos últimos anos. Mas,
como nem tudo é “lilás” estamos vendo a olho nu o sucateamento e desvalorização
desses órgãos na maioria das cidades, e, a nossa, com toda certeza não foge a
regra.
Fico “cá com meus botões”, ora, se não havia
interesse/compromissos de fato com a boa atuação dessa secretaria quando havia
uma secretaria em nível federal, com status de ministério, com carta branca para
ouvir a sociedade organizada, imagino o que será daqui para a frente com o faz
de conta das “políticas públicas” desse governo golpista, já estamos vendo, cultos
evangélicos já estão acontecendo no gabinete (Leia aqui).
foto capturada no site Carta Capital |
A secretaria da Mulher, das cidades em geral, aqui me reporto
a Secretaria da nossa cidade, Belo Jardim, precisa entender a necessidade de
ouvir as mulheres, a sociedade organizada pelo menos. Precisa entender que, um
projeto de intervenção, com ações voltadas para uma melhor qualidade de vida
das mulheres têm que perpassar por todas as secretarias, que se faz necessário
um grande investimento em capacitação de pessoal. Se faz necessário e urgente,
entender que as campanhas pontuais de conscientização não bastam para
disseminar o conhecimento dos serviços aos quais as vítimas têm direito. Estas
ações deverão ser continuas e em todos os espaços da administração pública.
Nos causa indignação e perplexidade saber que as mulheres
desta cidade, mesmo sendo maioria da população e consequentemente maioria da
população eleitoral, não significam nada nessa administração.
É preciso entender que o bom atendimento às mulheres em
geral, e, principalmente às vítimas de violência deve ser a porta de entrada
para um mundo de garantia de direitos.
A crescente violência não acontece só pela falta do efetivo
policial, ela soma-se ao descaso com o atendimento às mulheres vítimas de
violência. E ainda a falta de informação.
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